terça-feira, 22 de novembro de 2011

Porque as dietas não funcionam?


Pesquisadores já sabiam que as pessoas ganham e perdem peso, ao menos em parte, mudando a quantidade de gordura dentro de suas células de gordura. A nova descoberta é particularmente importante para pessoas obesas que possuem, segundo os pesquisadores, o dobro de células de gordura que as pessoas magras.
A descoberta também sugere que a obesidade na idade adulta é, ao menos parcialmente, determinada pela dieta e exercícios na época da infância.

Estudo estranho
Para determinar a idade das células gordurosas em 35 voluntários, os pesquisadores focaram em um marcador encontrado nas células de gordura — carbono radioativo de testes nucleares das décadas de 1950 e 60. É um raro tipo de carbono, porém natural, chamado carbono 14, que foi produzido durante os testes.
Bruce Buchholz, químico do Lawrence Livermore National Laboratory, nos EUA, explicou como sua equipe utilizou o marcador para fazer sua descoberta.
Nossos corpos incorporam o carbono 14 da comida que ingerimos juntamente com os vastamente mais abundantes outros tipos de carbonos (12 e 13). Como o carbono 14 dos testes diminui com o tempo, a quantidade de carbono 14 que a célula absorve é como um carimbo com a “data de fabricação” de quando a célula se formou, disse Bruce.

Exercícios para emagrecer: Quando tempo tenho que malhar por dia?


Quanto tempo de exercício é necessário para emagrecer e continuar assim? A resposta é muito debatida entre os estudiosos da perda de peso.
Exercícios para emagrecer: Mas um novo estudo descobriu que quem quer perder peso e mantê-lo longe deverá se exercitar ao menos por uma hora, cinco dias por semana, de acordo com especialistas.
Pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, descobriu que um plano de 55 minutos de exercícios diários é o mínimo necessário para manter uma perda de 10% de peso. Apenas um quarto das 201 voluntárias conseguiram perder peso nesta quantidade, 170 completaram o estudo.
Pesquisas apontam que uma combinação de exercícios e controle de calorias é a melhor maneira de ter sucesso ao perder peso, apesar da maioria das pessoas que tentam estas estratégias falharem em manter a perda de peso.
A pesquisa recende, publicada na revista científica Archives of Internal Medicine, confirma que bastante exercício é um ingrediente-chave para o sucesso do emagrecimento.
Os pesquisadores de Pittsburg seguiram um grupo de mulheres sedentárias obesas ou em sobrepeso durante um período de quatro anos. Todas deveriam comer entre 1.200 e 1.500 calorias por dia, e dividir-se em quatro programas de exercícios diferentes, variando a intensidade e quantidade dos exercícios. Todas receberam uma esteira elétrica para exercitarem-se em casa.
Depois de seis meses, mulheres em todos os quatro grupos perderam até 10% de seu peso corporal, mas a maioria não conseguiu manter este ritmo. As mulheres que mantiveram a perda de 10% foram aquelas que fizeram mais exercícios, em média 275 minutos por semana.
Objetivo: Uma hora de exercícios para emagrecer
Todos sabem que apenas 30 minutos de exercícios moderados são muito bons para a saúde em geral, mas os cientistas dizem que quem quer manter a perda de peso precisa fazer muito mais.
Paul Gately, especialista em exercícios e obesidade, disse: “este estudo é excelente, é a melhor evidência de que são necessários maiores níveis de exercícios.”
Os autores escreveram que “isto esclarece a quantidade de exercício físico que se deve objetivar alcançar para sustentar esta magnitude de perda de peso, mas também demonstra a dificuldade de manter este nível de avidade física“.
Alguns pesquisadores estão inventando maneiras inovadoras de aumentar o nível de atividade entre os mais sedentários.
O Dr. James Levine ajudou a criar o “Walkstation”, uma escrivaninha conectada a uma esteira, ao invés de usar uma cadeira.
Ao escrever na mesma revista ele disse que “sentar na escrivaninha gasta quase a mesma quantidade de calorias do que ficar na cama, mas andar a 1,6 km/h aumenta o gasto de calorias em cerca de 125 calorias por hora.

Como emagrecer? Sem estresse


Chega de se estressar com o peso! Ninguém mais agüenta aquelas dietas ferrenhas, que fazem com que tenhamos uma vida cheia de preocupações e números, geralmente relativos a calorias e quilos. Já está na hora de relaxar para ser mais saudável e estar num peso mais adequado.
Aqueles que praticam atividades para relaxar e combater o estresse, como yoga e meditação, podem também emagrecer sem precisar entrar numa dieta. Cientistas acreditam que sentimentos de irritação e ansiedade aumentam o desejo por comida gordurosa, geralmente muito mais rica em calorias.
Pesquisadores estudaram 225 mulheres obesas ou acima do peso que foram aconselhadas a praticar atividades para aliviar o estresse.
Um terço delas fez atividades de “mente e corpo”, como yoga, meditação, respiração profunda e visualização positiva (atividade na qual imaginavam coisas positivas para o futuro). Outro terço se concentrou em atividades físicas e alimentação saudável. E o último terço, recebeu informações sobre nutrição.
Ao final do estudo, os dados mostraram que apenas aquelas mulheres que praticaram atividades anti-estresse conseguiram perder peso.
O estudo, publicado no jornal Preventive Medicine, mostrou que, além delas conseguirem emagrecer, elas eram também mais felizes e saudáveis que as outras.
A Dr. Caroline Horwath, da Universidade de Otago, Nova Zelândia, a autora principal do estudo, afirmou que os três grupos conseguiram evitar ganhar peso. Porém, os resultados mais fortes foram do primeiro grupo, que fez atividades relaxantes. Ela conseguiram perder 2,5 kg, em média.
Esse estudo é mais um da série sobre obesidade, que vem sendo um dos assuntos mais tratados por pesquisadores do mundo todo

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Cirurgia do estômago é benéfica para os levemente obesos


Cirurgiões normalmente recomendam redução de estômago apenas para aqueles pacientes que estão muito obesos e não conseguem emagrecer de forma mais natural. No entanto, uma nova pesquisa mostra que a cirurgia pode ser uma opção para aqueles considerados “moderadamente obesos”.
“Até muito recentemente, só eram candidatos à cirurgia aqueles considerados com obesidade severa, ou seja, com Índice de Massa Corporal acima de 40” declara a autora do estudo, Jill Collquit.
No entanto, foram examinados os efeitos da cirurgia em pessoas com índice entre 30 e 40 que possuíam doenças como diabetes, hipertensão e que poderiam melhorar.

Nova redução de estômago é feita pela boca e não deixa cicatrizes
“As pessoas que se submetem à cirurgia geralmente já tentaram outros métodos de emagrecimento, sem sucesso. Eles querem uma solução” explica Collquit.
A médica examinou casos de 5766 pacientes para chegar às suas conclusões.
“Como em outras pesquisas já feitas, percebi que a cirurgia realmente é uma opção mais eficiente para perder peso, se comparada a dietas e a outros programas. Mas dessa vez incluímos no estudo as pessoas que são medianamente obesas” diz a pesquisadora.
Nos pacientes com doenças como diabetes e hipertensão, além da perda de peso, o metabolismo deles em relação às doenças melhorou.
No entanto, a verdadeira questão, para Colquitt, é: a cirurgia realmente é a melhor opção para os obesos medianos? “Essas partes da pesquisa estão ficando mais claras apenas agora” explica.

Cirurgia de redução de estômago: ‘emagrecimento saudável’
A cirurgia é um processo arriscado. Mas, para Peter Hallowell, cirurgião especialista que não tem vínculos com a pesquisa, os benefícios da redução de estômago são muito maiores do que seus riscos.

Saiba Mais

Como manter a motivação para emagrecer


Cada vez mais surgem, hoje em dia, promessas milagrosas de dietas para emagrecer rápido. Mas, na maioria das vezes, tais promessas não se mostram eficazes. Para realmente perder peso de maneira saudável, é necessário ter em mente que isso talvez não ocorra da noite para o dia.
Um método que pode ser útil para quem pensa em emagrecer é estabelecer metas. No entanto, tais metas devem ser realistas. Decida quanto deseja eliminar e estabeleça um tempo razoável para isso. Esse objetivo geral pode ser dividido em outros menores ao longo do tempo, o que forma uma espécie de programa. Por exemplo, se deseja perder 10 kg em 6 meses, pode começar aos poucos, como 1 kg a cada 15 dias.
Para se manter firme no que deseja, encontre incentivos. Uma forma é se presentear com recompensas ao passo que alcança seus alvos estabelecidos.
Outra maneira é ter em mente os motivos pelos quais deseja perder peso, faça uma lista e deixe em algum lugar visível.
Pode também tirar fotos periódicas à medida que emagrece e também tê-las em lugar visível, para que tenha sempre em mente que seu esforço vale a pena.
Estabelecer objetivos absurdos que incluem perder muito peso em pouco tempo, pode ser desanimador uma vez que não conseguir cumprir com eles. Se manter dentro de seus limites pode levar mais tempo, mas terá resultados visíveis.

domingo, 20 de novembro de 2011

Os mistérios da alimentação: por que comemos demais?


Nesta época de ano novo, em que quase todo mundo está pensando nos excessos que cometeu no fim de ano, cientistas chegam com uma resposta que pode acalmar alguns ânimos: bote a culpa nos hormônios. Em um estudo publicado no fim de 2009, pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, afirmam que o hormônio grelina é responsável por fazer com que ratos procurem por comida, mesmo sem fome.
De acordo com Jeffrey Zigman, professor de medicina que participou do estudo, as descobertas mostram que a grelina afeta o comportamento em relação à comida e pode levar à comilanças exageradas também em humanos, que carregam o mesmo hormônio. A grelina já era conhecida por ativar as mesmas regiões do cérebro ativadas pela cocaína.
Nos experimentos com ratos, Zigman e sua equipe treinaram ratos para que eles soubessem que um local com paredes listradas tinha uma guloseima rica em calorias, enquanto uma câmara com paredes cinzas tinham um lanche com baixas calorias. Depois do treinamento, os ratos, já saciados, foram soltos para ir em qualquer local que quisessem. Os ratos que receberam injeções de grelina preferiram ir ao quarto com a comida calórica, mesmo se o local estivesse vazio. Aqueles que não receberam a dose extra do hormônio não mostraram esta preferência.
“O comportamento do rato não tinha nada a ver com a comida”, explica Zigman. “O comportamento acontece pela procura da coisa mais prazerosa”, diz. A grelina, entretanto, não é o único fator pelo qual exageramos na quantidade de comida: outras pesquisas mostram que vários processos corporais estão envolvidos no problema. Em 2003, um estudo realizado na Inglaterra revelou que pessoas que têm o gene GAD2 têm mais chances de serem obesas. Este gene acelera a produção de um neurotransmissor que estimula a vontade de comer.
O neurotransmissor dopamina também está envolvido no problema. Baixos níveis da substância fazem com que as pessoas comam mais, buscando estimular a sensação de prazer trazida pela dopamina, de acordo com um estudo publicado em 2007. Além disso, comportamentos não-genéticos têm grande influência sobre a nossa alimentação. Se você costuma pedir um balde grande de pipoca sempre que vai ao cinema, geralmente acaba fazendo o mesmo pedido, mesmo sem fome.
Outro fator não-genético é o tamanho das porções de comida: um estudo de 2005 aponta que as pessoas tendem a comer mais quando têm porções maiores de alimento. Além de todas estas questões, uma pesquisa publicada em 1999 afirma que, quando estamos com o cérebro sobrecarregado, não conseguimos parar de comer na hora certa, quando nos sentimos satisfeitos, independente da quantidade de grelina no nosso corpo.

Somente a força de vontade não te ajuda a perder peso


Esqueça aquelas filosofias de “O Segredo”. Uma pesquisa comprovou o que muitos já sabiam: não é só com força de vontade que você vai conseguir perder aqueles quilinhos a mais. Não é só da vontade que você depende para emagrecer, ou de fechar a boca para qualquer quitute, mas sim de uma boa dieta.
E, para a surpresa dos pesquisadores, um fator que parece definir a perda de peso é a complexidade da dieta. Eles compararam a eficiência da dieta “Brigitte”, uma dieta alemã que oferece às pessoas listas de compras com produtos determinados – tudo o que a pessoa precisa fazer é seguir o plano de alimentação feito para ela – com o famoso método dos Vigilantes do Peso, que confere pontos para cada tipo de comida e diz a quantidade de pontos que cada pessoa pode ingerir. Então as pessoas que aderem à dieta dos Vigilantes do Peso precisam estar constantemente anotando o que comeram e quantos pontos aquela comida possuía para, no fim do dia, somarem tudo e conferir se ficaram dentro da quantidade de pontos determinada.
Os pesquisadores recrutaram 390 mulheres que estavam fazendo dietas e pediram para que elas respondessem questionários no começo, no meio e no fim de um período de oito semanas. Comparando o comportamento das mulheres que faziam diferentes tipos de dieta, os cientistas notaram que planos alimentares mais complexos faziam com que as participantes desistissem mais cedo da dieta. E essa complexidade pode até acabar com sua auto-confiança. Mesmo pessoas que, de acordo com os questionários, acreditavam que conseguiriam emagrecer ficaram intimidadas com as dietas complicadas e desistiram com mais facilidade.
Segundo especialistas, a dieta depende de outros fatores fora a força de vontade e o plano alimentar em si, como o ambiente em que a pessoa está. Uma cozinha que não tenha salgadinhos e doces à mostra é muito melhor para alguém que está em dieta, por exemplo. Além disso, como a pesquisa mostrou, é importante que a dieta se adapte a cada pessoa. Você deve lembrar com facilidade das regras da dieta e não achar complicado ou trabalhoso estar nela.
É comprovado que quanto maior o tempo em que uma pessoa consegue se manter em uma dieta, será mais fácil para ela manter o peso ideal quando ela perder alguns quilos. Então a dica dos pesquisadores é encontrar uma dieta simples que se adapte às suas necessidades e, por conseqüência, você consiga manter o plano alimentar por mais tempo.